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A Transição do Doméstico para o Musical
Nos tempos antigos, o washboard era um item essencial nos lares norte-americanos. Feito de madeira com uma superfície metálica ondulada, seu principal uso era para esfregar roupas, especialmente nas zonas rurais e nas comunidades afro-americanas. No entanto, como frequentemente acontece na história da música, o improvável se tornou parte do palco.
A transição do washboard de objeto doméstico a instrumento musical ocorreu no final do século XIX e início do século XX. Em uma época de limitações para a música, especialmente entre os afro-americanos, músicos começaram a explorar o washboard como uma forma de percussão improvisada. De forma simples, mas engenhosa, ele foi tocado com garfos, colheres e até mesmo com as mãos nuas, criando sons de percussão rápidos e vibrantes que logo encontraram seu espaço nas bandas de jazz e blues.
O washboard floresceu no início do jazz nos anos 1920, especialmente nas bandas de New Orleans, berço do jazz moderno. Ao lado de trompetes, trombones e clarinetes, o washboard se tornou um dos pilares da percussão rítmica. Era tocado por músicos que, sem a necessidade de grandes baterias, criavam padrões rítmicos com uma destreza impressionante.
O jazz tradicional foi o terreno fértil onde o washboard encontrou seu lugar definitivo. Bandas como a Original Dixieland Jass Band e o King Oliver’s Creole Jazz Band usaram o washboard em suas gravações, aproveitando sua sonoridade única. A tábua de lavar roupas era, muitas vezes, tocada com os dedos ou com um "brush" (escova), criando sons agudos que complementavam os instrumentos de sopro e as guitarras.
O Revival do Washboard no Século XXI
Embora o washboard tenha perdido parte de sua popularidade no mainstream musical ao longo do século XX, ele nunca desapareceu completamente. Nos dias atuais, músicos e bandas que exploram o revival do jazz tradicional e do blues acústico redescobriram o washboard, trazendo-o de volta aos palcos com uma nova energia.
Bandas como Tuba Skinny, de Nova Orleans, mantêm viva a tradição, com o washboard frequentemente sendo utilizado em suas gravações, como em "Shine On", onde a percussão criada pela tábua de lavar roupas evoca o espírito autêntico do jazz de rua.
Além disso, músicos contemporâneos como Reverend Peyton's Big Damn Band incorporam o washboard em seus shows, usando-o como um elemento chave no blues e no folk moderno. O washboard também é uma presença constante em festivais de música e jam sessions, onde a energia crua e vibrante do instrumento continua a encantar novos públicos.A história do washboard é um exemplo clássico de como a criatividade humana pode transformar objetos cotidianos em instrumentos de expressão artística. Com um simples movimento das mãos ou com o uso de ferramentas improvisadas, o washboard cria sons que são, ao mesmo tempo, simples e complexos, rítmicos e melodiosos.
Hoje, o washboard é considerado um ícone da música tradicional e continua a ser valorizado tanto por sua sonoridade única quanto por seu valor histórico. Seja em apresentações de jazz, blues, ou em jam sessions contemporâneas, o washboard permanece como um símbolo de inovação musical, ressoando com o legado dos músicos que, ao longo dos anos, o transformaram de um item de uso doméstico em um verdadeiro instrumento de expressão artística.O QUE ESTÃO FALANDO DA WASHBOARD MISSISSIPPI
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